-Rochele Alves

quinta-feira, 9 de maio de 2013


Somos tão jovens: Um gás.

Sabe aquela sensação de "eu queria estar ali"? Foi o que eu senti o filme inteiro, ali naquela história  vivendo aquele momento. Desde de mais nova, sempre tive uma paixão pela Legião Urbana, e pelo seu vocalista Renato Russo, nunca vi ninguém falar tanta verdade, sem medo de represálias, preconceitos e castigos. Renato Russo era assim na minha visão, ele era aberto, era sincero, tentava abrir os olhos da humanidade para o caos que estava se formando, e que todos assistiam, sem fazer nada. Me senti meio que voltando a minha adolescência rebelde, em que eu dizia tudo, sem medo de nada. Na qual eu ficava horas e horas sentada no meu quarto escrevendo, escrevendo e escrevendo, tudo que eu achava certo, tudo que eu me incomodava, e com o tempo a sociedade foi engolindo minha rebeldia, a minha opinião, fazendo que ela ficasse só nas conversas entre amigos, regadas de vinho ou cerveja, infelizmente, a sociedade moldou como eu agiria perante certas situações. Ver o filme, foi como voltar ao passado, cada música e cena que passava, eu me sentia mais recuperada ao que eu almejava um dia. Faz, quatro dias que estou planejando escrever algo, exatamente quatro dias, e me arrependi fielmente por não ter levado um caderninho e uma caneta, e ir escrevendo todas as coisas que me vinham a cabeça durante o filme.O que eu posso dizer? Percebi o que estava errado, o ponto e a vírgula que estava faltando, percebi que você pode agradar a sociedade, sendo vocês mesmo. Fico feliz em poder ter assistido o filme, ter sentido o que eu senti, na fase em que eu estava, na qual precisa de um impulso, e ninguém melhor para dar impulso a alguém, que o grande poeta Renato Russo.

Uma decepção? Não ter vivido aquela história.


Rochele.
0